quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Thomas Martin


01.Giovanni Bottesini - Fantasia on Rossini's, Canzonette I. La danza, Allegro non troppo
02.Giovanni Bottesini - Fantasia on Rossini's, Canzonette II. La Serenata, Andante
03.Giovanni Bottesini - Fantasia on Rossini's, Canzonette III. I marinai, Allegro moderato
04.Giovanni Bottesini - Passione Amorose, I.Allegro
05.Giovanni Bottesini - Passione Amorose, II.Andante
06.Giovanni Bottesini - Passione Amorose, III.Allegretto
07.Giovanni Bottesini - Gran Duetto No. 2, I.Allegro Agitato
08.Giovanni Bottesini - Gran Duetto No. 2, II.Andante
09.Giovanni Bottesini - Gran Duetto No. 2, III.Rondo
10.Giovanni Bottesini - Gran duo Concertante (version for 2 double basses and piano), I.Allegro maestoso
11.Giovanni Bottesini - Gran duo Concertante (version for 2 double basses and piano), II.Andante
12.Giovanni Bottesini - Gran duo Concertante (version for 2 double basses and piano), III.Allegro

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Formas e Termos Musicais

                                                                                          Isto não é e não pretende ser, nem de longe, um grande dicionário de música. Trata-se unicamente de algumas definições e conceitos necessários para a compreensão básica de uma obra musical, sabendo identificá-la e classificá-la conforme as características. Obviamente esses conceitos estão expostos de forma abreviada, uma vez que seria possível, para cada um deles, identificar sua origem histórica, desenvolvimento e principais exemplos. Por questão de clareza, restringimo-nos à última variável, de modo a manter a proposta original do site. Divirtam-se. Qualquer dúvida, escrevam-nos.
Abertura - Peça musical destinada a anteceder uma ópera, uma suíte ou sinfonia. A partir do século XIX ganhou vida própria, passando a representar uma peça puramente orquestral, de caráter evocativo, próximo, em essência, ao Poema Sinfônico. 
a. No caso de óperas, a abertura tende a caracterizar determinadas personagens ou situações. As aberturas de Mozart ou Wagner são um bom exemplo disso. No período anterior à Mozart, as aberturas de óperas, balés ou oratórios obedeciam à dois estilos fundamentais: a abertura "italiana" (rápido-lento-rápido)  e a "francesa" (Lento-rápido-Lento).   Note-se que a partir do esquema da abertura "italiana", agregada a outros elementos, como a forma-sonata, teve origem a sinfonia como a conhecemos hoje.
b. Como peça isolada de concerto, encontramos o gênero florescendo já em Beethoven, com as aberturas "Coriolano", op. 62 e "Egmont", op. 84, inspiradas, respectivamente, por Shaekespeare e Goethe. A abertura "As Hébridas", de Mendelssohn, representando uma caverna escocesa, são um exemplo acabado da abertura, já mais próxima do poema sinfônico que de sua finalidade habitual.
Acorde - execução simultânea de sons diferentes. Por exemplo, no piano, quando tocamos várias teclas ao mesmo tempo.
Ária -  Trecho de uma ópera ou oratório executada por um solista. Eventualmente é composta como peça independente. Não é difícil encontrar coletâneas oferecendo "as melhores árias de Verdi" ou Puccini. Grandes cantores também costumam lançar coletâneas com "as melhores árias" de alguém ou um grupo de compositores.  É difícil, porém, que uma única coletânea traga todas as principais peças do repertório.
Além do mais, há um problema sério: uma ária, extraída de seu contexto, perde muito do sentido. É como destacar um belo trecho de livro, mas ignorar o resto da história. Ajuda, mas está longe de ser o ideal.
Ato - uma das seções de uma ópera ou balé.
Câmara, Música de - Música composta para poucos instrumentos ou vozes. As composições nesse estilo são habilmente trabalhadas em sua estrutura interna. A formação dos conjuntos de câmara variam bastante - chegando à extremos no século XX.  Existem, porém, formações clássicas, a partir da qual derivam todas as outras:
a. trio: piano, violino e violoncelo
b. Quarteto de cordas: dois violinos, uma viola, um violoncelo
c. Quinteto de sopros: clarinete, oboé, flauta, trompa e fagote.
Note-se que essas são as formações principais, variando conforme o gosto do compositor. Assim, é fácil encontrar "Quintetos para piano" (ou seja, um quarteto de cordas + piano ou qualquer outro instrumento, conforme o caso), etc.
Cantata - peça musical para ser "cantada", como o nome aponta. Originalmente era escrita para cantor e acompanhamento, mas, com o tempo, passou a ser uma obra para solistas, coro e orquestra.
Concerto - 1) Apresentação de um trabalho musical por um conjunto de executantes. Sendo uma só pessoa, chama-se "recital". Toda família tem um primo músico, que no fim do ano apresenta as mediocridades que aprendeu em um "recital". 2) No sentido estritamente musical, significa uma peça para algum instrumento solista e orquestra. Essa definição, porém, só passa a valer a partir da segunda metade do século XVIII. Até então o que se entendia por "concerto" era a reunião de vários solistas e uma orquestra. Sistematizando:
a. Sentido comum: apresentação musical de um conjunto.
b. Até 1750-60: Obra para um pequeno conjunto de solistas acompanhados de uma orquestra. O equivalente de hoje em dia seria o "Concerto para grupo e orquestra", do Deep Purple.
c. De 1760 até hoje: obra para um instrumento solista e orquestra.
Contraponto - do latim, "punctus contra punctus". Combinação de duas ou mais melodias que se desenvolvem ao mesmo tempo.
Coro - Conjunto de cantores. Pode ser de vozes iguais (apenas tenores, sopranos, etc.) ou misto, com todos os tipos de voz.
Fantasia -não, não é o ridículo programa do SBT. Trata-se de um gênero musical de forma livre, com seu desenvolvimento deixado à critério dos compositores.
Fuga - composição musical cujas diferentes partes se sucedem, como se uma estivesse perseguindo a outra. A fuga está relacionada ao contraponto: cada uma de suas partes parece correr atrás da outra, combinando as linhas melódicas umas com as outras. 
Intermezzo - Trecho instrumental, de menor importância, tocado entre os atos de uma ópera ou entre as partes de um drama.
Leitmotif - Do alemão, "Motivo condutor".  Técnica desenvolvida por Wagner de associar à cada personagem de uma ópera um tema musical específico, que, ainda que com variações, permanece reconhecível por toda a obra. Os "leitmotives"   também costumam ser usados nos poemas sinfônicos, com resultados diferentes mas igualmente satisfatórios.
Minueto - pequena dança de origem francesa, de compasso 3/4, muito usado por Mozart. Aliás, até a Primeira Sinfonia de Beethoven, o minueto era obrigatório como terceiro movimento.
Missa - A música sempre foi um elemento indispensável para "religar" - no sentido primitivo da palavra "religião" -  o homem à Deus.
Nas pirâmedes do Egito foram encontrados trompetes, o que indica o acompanhamento musical das cerimônicas fúnebres.  Na Bíblia, sei lá aonde, fala-se de um tal Jubal, "pai dos que tocam cítara e órgão".  Na Grécia antiga vários deuses estavam relacionados à elementos musicais.
Muitos compositores dedicaram-se à escrever música religiosa, associando ao fervor místico dos cultos religiosos o poder arrebatador da música. Em alguns casos, eles pouco ligaram para a religião, criando obras musicais que transcendem em muito qualquer significado estritamente religioso.
A época renacentista ainda foi marcada pelo Canto Gregoriano ou cantochão, uma linha melódica simples e sem acompanhamento, no qual a entonação das palavras fornecia a entonação e ritmo da música. Há pouco tempo ouve uma espécie de "renascimento" do canto gregoriano, que tornou-se moda no mesmo filão "eu-me-amo-eu-me-auto-ajudo"  de Lair Ribeiro ou Paulo Coelho. Graças a Deus, como toda moda estúpida, caiu já no esquecimento do público.
Nos séculos XVI e XVII, muitos compositores criaram música para os ofícios religiosos, fossem católicos ou protestantes. A princípio essas músicas eram cantadas pela congregação, com um sentido devocional superior ao artístico. (Algo comparável - não em qualidade, mas na forma - aos rituais evangélicos de hoje em dia. Vide o popstar Padre Marcelo.) Todavia, essas composições cresceram em tamanho e complexidade, passando a exigir que um grupo especializado se responsabilizasse por sua execução, enquanto a maior parte da assembléia se limitaria a acompanhar.   
Com a reforma protestante, Lutero quis quebrar o monopólio da Igreja sobre os hinos religiosos. Que fez? Adaptou uma série de melodias profanas para servirem como canções religiosas, utilizando-se de ritmos e temas populares. Depois, há quem considere a música gospel original...
O resultado pretendido por Lutero teve resultado efêmero: logo os compositores passaram a criar introduções e floreios para esses hinos, dispensando novamente a participação da comunidade e requerendo um grupo de cantores especializados.
Nos séculos XIX e XX a música religiosa já estava bastante distante de seu sentido original, convertendo-se em mais uma peça de concerto. Algumas missas ou réquiens chegam a durar mais de duas horas, retirando-lhes qualquer possibilidade de uso como música litúrgica. A religião perdeu uma forma, mas a música ganhou.
Movimento -  Cada uma das partes que compõe uma sonata, suíte ou sinfonia. Geralmente os movimentos de uma mesma obra diferem pelo andamento, ritmo e mesmo pela tonalidade escolhida.
Noturno - obra para piano, de caráter tranqüilo e meditativo. Levado ao auge de seu desenvolvimento com Chopin, foi criado pelo inglês John Field (1782-1837)
Ópera - grosso modo, representação teatral na qual os atores cantam.
Essa definição é a mais simples possível, uma vez que a ópera, unindo os elementos expressivos do teatro à força da representação musical, torna-se um gênero musical único, impossível de ser comparado à qualquer outro. Geralmente a ópera é dividida em árias, duetos e coros.
A ópera nasceu de um erro: por volta de 1600, na Itália, um grupo de músicos - onde se incluía Vincenzo Galilei, pai do astrônomo - tomou conhecimento do estilo das tragédias gregas, na qual a música e o texto estavam intimamente relacionados.
Resolveram criar um equivalente moderno. Havia só um problema: os gregos não deixaram indicações musicais de nenhum tipo. Não exisitia nenhum meio de copiar o que havia sido feito. ERa preciso, guardando as intenções primitivas, criar um novo tipo de representação musical na qual texto e sons estivessem ligados.  Dessa cópia a partir do nada surgiu a ópera, tal qual a conhecemos hoje.
Uma questão sempre presente: o texto determina ou deve submeter-se à música? As óperas italianas foram pelo primeiro caminho; as alemãs, pelo segundo - com resultados igualmente bons.
Oratório - É, por assim dizer, uma ópera religiosa, mas sem a representação em um palco e baseado em algum tema bíblico.
Orquestra - do grego, pasmem, "lugar para dançar".  Atualmente, grupo de instrumentistas dirigidos por um regente.
A orquestra, no sentido que lhe damos atualmente, surgiu no final do século XVII. Até então haviam conjuntos de instrumentistas reunidos unicamente pelo acaso. Os soberanos que podiam manter uma orquestra contratavam dezenas de músicos. Outros, menos ricos - ou interessados - contavam apenas com alguns poucos executantes. Assim, não era de se estranhar a falta de padronização dos conjuntos orquestrais.
Foi apenas no século XVIII, ou, para ser mais exato, no começo do século XIX, que passaram a existir orquestras sinfônicas com um número determinado de instrumentos. Mesmo as sinfonias de Mozart e Haydn variavam conforme os executantes disponíveis.
Foi Beethoven, em sua última sinfonia, que fixou o aparato sinfônico tradicional - modelo que se mantém firme, com algumas alterações, até os dias atuais.
Poema Sinfônico - composição orquestral, de um só movimento, geralmente baseado em algum poema, romance ou mesmo um quadro.
Ao contrário da maioria das formas musicais, esta tem paternidade reconhecida:  Franz Liszt. O músico húngaro, aproveitando-se da "idéia fixa" de Berlioz e das descrições musicais de Beethoven, criou uma nova forma, bastante livre, na qual a inspiração pode ser um poema, uma obra literária, um quadro, um lugar, sentimentos,  ou mesmo uma pessoa. A música passa a ser quase pictórica, descrevendo, com sons, o que se leu ou viu.
Levado à extremos, o poema sinfônico retirou da música seu valor enquanto "música  pura". Toda obra deveria descrever ou representar algo. Essa tendência foi amplamente combatida por setores do campo musical, que defendiam a volta da "música pura", ou seja, sem caráter descritivo. No século XIX, Brahms, secundado pelo crítico Edouard Hanslick, foi um dos poucos músicos que escapou à influência do poema sinfônico. No século XX, ao contrário, poucos foram os compositores que se deixaram influenciar por essa forma...
Rapsódia - peça não muito longa, escrita geralmente para piano ou orquestra, baseada em temas populares. As "Rapsódias Húngaras" de Liszt são um exemplo acabado do tema.
Scherzo - peça de caráter ligeiro e alegre - quer dizer "brincadeira" em italiano. Geralmente é parte de um conjunto maior, como uma sonata ou sinfonia. À propósito, sua introdução na sinfonia, no lugar do minueto, foi feita por Beethoven. Apesar do compasso ser o mesmo (3/4), o scherzo difere do minueto por seu caráter mais sério e seu maior desenvolvimento.
Sinfonia - peça musical, em vários movimentos, executada por uma orquestra. A sinfonia pode assumir formas e desenvolvimentos absolutamente inesperados, variando conforme o gosto do compositor. 
"Sinfonia"  vem do grego "soar ao mesmo tempo", e essa definição continua valendo. O grande elemento que diferencia a sinfonia de outras peças orquestrais é a ausência de solistas. Obviamente não são todos os instrumentos que tocam durante todo o tempo. Mas, ao contrário do concerto, na sinfonia, mesmo quando alguns instrumentos se calam, outros continuam tocando, sempre em conjunto. 
No começo do  século XVIII, "sinfonia" era um trecho pequeno, integrando geralmente uma suíte ou um oratório.  Apenas com Haydn e os músicos da chamada "Escola de Mannhein"  que essa forma tornou-se independente.  De certa maneira, foi da fusão entre a "abertura italiana" e a "forma-sonata" que surgiu a sinfonia no sentido moderno.  
Vale notar também que a sinfonia não escapou da influência do Poema Sinfônico. Muitas sinfonias no século XIX são puramente descritivas. Curiosamente, os defensores da "música pura" como Brahms, encontraram justamente na sinfonia a oportunidade de se oporem à música descritiva.
Sonata - 1) na origem do termo, música para instrumentos de sopro ou para cordas. 2) Com o passar do tempo,  "sonata" passou a designar uma obra musical em vários movimentos cuja estrutura era definida. A sonata clássica, tal como desenvolvida por Mozart, era constituída de quatro movimentos:
a. Um primeiro movimento rápido, cuja forma se baseava na "forma-sonata".
b. Um movimento lento, geralmente em forma de variações;
c. Um movimento dançante (um minueto, por exemplo, remanescente  da suíte);
d. movimento final, de caráter enérgico e conclusivo.
Obviamente essa estrutura era modificada de acordo com o compositor. Todavia, permaneceu como principal meio de composição até meados do século XX.
Suíte - Originalmente, um conjunto de danças. No século XVIII, as suítes compreendiam as diversas danças da época: allmande, sarabande, minuet, bourré, etc. A famosa "Música Aquática", de Haendel, é um bom exemplo desse gênero. Nos séculos XIX e XX o termo ganhou nova acepção, passando a significar a reunião de pedaços de uma ópera ou balé para ser executado sem a ação no palco.
Toccata - Peça para ser "tocada" por instrumentos de teclado, em oposição à um dos sentidos da "sonata" e da "cantata".
Variações - como o nome diz, são as variações sobre um tema musical, original ou do próprio compositor. É uma das mais antigas formas musicais, existindo, em formas variadas,  desde o século XVII.

Todas as Manhãs do Mundo


Final do século XVII. Monsieur de Sainte Colombe, tocador de viola, regressa a casa e descobre que a sua mulher faleceu quando esteve ausente.
Na sua dor, ele constrói uma pequena casa no jardim, para a qual vai viver para dedicar a sua vida à música e às suas duas filhas Madeleine e Toinette, evitando o mundo exterior.
Os rumores sobre ele e a sua música começa a alargar-se, e até chega à corte de Luís XIV, que o quer a tocar na corte, o que Colombe recusa. Um dia, um jovem, Marin Marais, vem vê-lo com um pedido: ele quer aprender a tocar.




E por falar nisso, em 2012, o longa "Todas as Manhãs do Mundo" finalmente será lançado em DVD no Brasil. O mérito é da distribuidora Lume, de propriedade do maranhense Frederico Machado. Aguardem. No precioso trabalho, Marin Marais é interpretado por Guillaume Depardieu (jovem) e Gerard Depardieu (adulto), filho e pai na vida real. Vestiu a alma do rigoroso Monsieur de Sainte Colombe o ator Jean Pierre Marielle (foto 7). Um detalhe: Guillaume Depardieu (fotos 5 e 6) morreu em 2008 aos 37 anos, depois de uma vida conturbada devido ao abuso de álcool e drogas, dizem.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Os instrumentos de arco no Barroco

O período barroco foi importante para a ascensão da família do violino, substituindo as violas da gamba na orquestra. Também nesta época surgem os virtuoses do instrumento, como Giuseppe Tartini, Arcangelo Corelli, que além de instrumentistas eram compositores.
                                                          A FAMILIA DAS VIOLAS
A viola da gamba surge no fim da Idade Média, atingindo o seu apogeu no século XVIII.
No início do século XVI, as violas eram conhecidas entre outras pela designação viole da tasti (violas com trastes).


  • pardessus viole (que é relativamente raro)





  •                                         As violas da gamba tem a seguinte divisão:

     
    • soprano
    • contralto
    • tenor
    • baixo
    • violone
    Nos séculos XVI e XVII existiam conjuntos de violas (consorts), em que as gambas soprano, tenor e baixo eram integrantes regulares do conjunto. Esses conjuntos caíram em desuso à medida que as salas de concerto se tornaram maiores e a tonalidade mais alta e mais penetrante da família dos violinos se tornou mais popular.
    Marin Marais foi um dos mais importantes representantes da viola da gamba, pois além de compor para o instrumento ele mesmo era um virtuose. Além dele outros compositores escreveram para o instrumento: Johann Sebastian Bach, Antoine Forqueray, Karl Friedrich Abel, Henry Purcell, entre outros.
    Abaixo a Sonnerie de Saint-Geneviève du Mont de Paris do virtuose Marin Marais:
                                 

                                                                         VIOLA D’AMORE

    A viola d’amore era um instrumento de 6 ou 7 cordas com mais outras 6 ou 7 cordas simpáticas que passavam embaixo das cordas friccionadas e vibravam quando estas eram tocadas. As cordas simpáticas produziam um timbre metálico, porém suave e nasalado. Este instrumento tinha o mesmo tamanho da viola da gamba soprano, mas era tocada semelhantemente ao violino, no ombro, e não possuía trastes. Os séculos XVII e XVIII foram muito importantes para a literatura da viola d’amore, sobressaindo as obras do compositor e executante Attilio Ariosti (1666-1740).
    Abaixo Sonata em Lá menor de Attilio Ariosti, com os movimentos Pozato, Corrente, Andante:
                            

    A FAMÍLIA DO VIOLINO

    Ninguém sabe quem fez o primeiro violino, há, talvez, quinhentos anos, mas é quase certo que tenha se originado na Itália.
    Dois instrumento importantes que contribuíram para o desenvolvimento do violino foram a rabeca, pequena e com formato de pêra, e a lira da braccio. Os primeiros violinos de verdade tinham três cordas e eram frequentemente chamados de “rabeca” até que a palavra ”vyollon” fosse usada.
    Com o aumento da popularidade do violino, começaram a surgir os fabricantes especializados. A cidade italiana de Cremona foi a precursora, e ali foi montada a primeira oficina pelo grande Andrea Amati. Três gerações da família Amati redesenharam e desenvolveram o violino, conferindo-lhe um formato quase inalterado até o presente.
    Os violinos Amati são tocados ainda hoje, mas nem sua beleza nem a qualidade de som se equiparam às dos instrumentos construídos por outro italiano, que começou sua carreira na oficina de Amati – Antonio Stradivari, conhecido como Stradivarius. Stradivari fez um violino mais comprido, reforçou o corpo e alargou os ff (aberturas de som), enriquecendo assim o seu timbre.
    Os principais compositores e violinistas do Barroco foram:
    Na Itália: Biagio Marini (1597-1665), Carlo Farina (1600-1640), Giovanni Battista Vitali (1644-1692), Arcangello Corelli (1653-1713), Antonio Vivaldi (1678-1741), Giuseppe Tartini (1692-1770);
    Na Alemanha: Heinrich von Biber (1644-1704), Georg Friedrich Händel (1685-1759), Johann Sebastian Bach (1685-1750).
    Abaixo o Adagio-Allegro do Concerto Grosso op. VI, nº 4 de Arcangello Corelli:
                         
    A viola, mesmo pertencendo à família do violino e tendo o mesmo formato, tem como antepassado a viola d’amore.
    As violas mais antigas que se conhece são de Andrea Amati e de Gasparo da Salò, e o seu tamanho é bastante maior que o da viola atual. Mais tarde fabricaram-se instrumentos menores, existindo belos exemplares feitos por Andrea Guarneri entre 1676 e 1697.
    No século XVIII existia também a viola pomposa, que tinha cinco cordas e recebia também a designação de violino pomposo. Era utilizada para reforçar a sonoridade do violino na orquestra e segundo uma lenda, a sua invenção é (erradamente) atribuída a Johann Sebastian Bach, embora este nunca tenha escrito para viola pomposa.
    Durante muito tempo a parte da viola não era escrita, ficando esta tarefa a cargo dos copistas. Bach e Händel foram os primeiros a escrever partes importantes para o instrumento e Georg Philipp Telemann foi o primeiro a escrever um concerto para viola.
    Abaixo os dois primeiros movimentos, Grave e Allegro, do Concerto em Sol Maior para viola de Georg Philipp Telemann:
                          

    O violoncelo, descendente do baryton e da viola da gamba, é outro membro da família do violino. O cello surgiu da necessidade de um instrumento da tessitura de baixo, mas portátil, para ser usado em procissões religiosas. Os primeiros cellos tinham dois orifícios nas costas por onde se passava uma corda, que suspendia o cello e prendia do pescoço do músico.
    Alguns dos mais antigos violoncelos conhecidos são de Andrea Amati e um dos filhos deste.
    O violoncelo teve uma lenta aceitação como instrumento solista, uma das razões era a existência paralela da família do violino e da viola da gamba.
    Das obras para violoncelo deste período podemos destacar as 6 suítes de Johann Sebastian Bach e os concertos de Antonio Vivaldi.
    Abaixo a Sarabande da Suite para cello solo em Sol Maior de Johann Sebastian Bach:
                             
    O contrabaixo é o instrumento mais diferente dos instrumentos de cordas. Sua construção difere muito de seus companheiros. O fundo do instrumento é mais plano, sua afinação é em quartas, entre outras diferenças. Isso se deve ao fato do contrabaixo estar ligado com mais proximidade a família da viola da gamba.

    História do Contra-Baixo

    O contrabaixo tem suas origens remotas na Baixa Idade Média, período compreendido entre o Cisma Greco-Oriental (1054) e a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos (1453). Descendente de uma família chamada "violas", que se dividia em dois grupos, violas de braço e violas de pernas, o contrabaixo é hoje o herdeiro maior e de som mais grave deste segundo grupo.

    Por volta de 1200, o nome gige era usado para destinar tanto a Rabeca, instrumento de origem árabe com formato parecido com o alaúde como a guitar-fiddle (uma espécie de violão com o formato semelhante a um violino). No Sacro Império Romano Germânico, quase todos os instrumentos eram chamados pelo nome de gige, havendo a gige pequena e a grande. A música executada neste período era bastante simples, as composições situavam-se dentro de um registro bastante limitado e no que tange à harmonia, as partes restringiam-se a duas ou três vezes. Era muito comum instrumentos e vozes dobrarem as partes em uníssono.

    Com o passar dos anos, o número de partes foi expandido para quatro.
    Aproximadamente na metade do séc. XV, começou-se a usar o registro do baixo, que até então era desconsiderado. Com esta nova tendência para os graves, os músicos precisavam de instrumentos especiais capazes de reproduzir ou fazer soar as partes graves. A solução encontrada pelos construtores de instrumentos, os luthiers, foi simplesmente reconstruir os instrumentos existentes, mas em escala maior. Ocorre, então, uma evolução técnica e artística de um instrumento em conjunto com a história da música. Assim, a evolução no número de partes da harmonia trouxe a necessidade de se criar outros instrumentos que desempenhassem satisfatoriamente aquela nova função.

    De qualquer modo, seu ancestral mais próximo foi o chamado violine, que no início do séc. XVII tornou-se o nome comumente designado à viola contrabaixo, mas apenas na metade do séc. XVII o nome do contrabaixo separou-se do violine. E começou a ter vida própria. Entretanto, até a metade do séc. XVIII o instrumento não era utilizado em larga escala, tanto que em 1730 a orquestra de J. S. Bach não contava com nenhum contrabaixo. Ainda faltava um longo caminho para a popularização.

    Com o desenvolvimento da música popular no final do séc. XIX, principalmente no que diz respeito ao jazz, inicia-se assim a introdução do contrabaixo com uma inovação: ele não era tocado com arco... apenas com os dedos a fim de que tivesse uma marcação mais acentuada.

    O jazz se populariza e durante toda a primeira metade do séc. XX, o baixo só pode ser imaginado como uma imenso instrumento oco de madeira usado para bases de intermináveis solos de sax, se bem que era usado também no princípio do blues e do mambo (estou falando de antes da 2º Guerra Mundial).

    Assim foi até que em 1951, um norte-americano chamado Leo Fender cria um baixo tão elétrico quanto a guitarra elétrica que também criou. O primeiro modelo foi denominado Fender Precision, e o nome não era casualidade: frente aos tradicionais contrabaixos, com o braço totalmente liso, o novo instrumento incorporava trastes, assim como suas guitarras.

    Parece uma bobagem, mas o detalhe dos trastes faz com que a afinação do baixo seja muito mais precisa, eis aí a origem do nome. Mas a revolução fundamental que representa o baixo elétrico frente ao contrabaixo é a amplificação do som. Se a solução antigamente havia sido aumentar a caixa de ressonância, transformando o violino em um instrumento imenso e com cordas muito mais grossas, desta vez a solução foi inserir uma pastilha eletromagnética no corpo do instrumento para que o som fosse captado. Além do mais, a redução do tamanho do instrumento permitiu aos baixistas transporta-lo com mais comodidade, e poder viajar no mesmo ônibus dos outros músicos portando seu próprio instrumento.

    Mas nem tudo seria apenas vantagem, sobretudo para aqueles que tocavam baixo, mas não eram realmente "baixistas". Até então, o contrabaixo era o instrumento que todos acreditavam serem capazes de tocar, principalmente porque não se ouvia, de modo que muitos mais representavam em palco do que realmente tocar o baixo. A amplificação trouxe à tona quais eram os verdadeiros baixistas.

    Deve-se dizer que antes de 1951, na década de 1930, houve arriscadas e valentes tentativas de se fazer o mesmo, principalmente por parte de Rickenbacker. Mas se mencionei o Precision de 1951 como o primeiro baixo elétrico é porque é o primeiro que se pode considerar como tal, já que o anterior entraria na categoria de protótipos. Como é lógico, depois vieram outros modelos (como o Jazz Bass, também de Fender), as imitações, etc. Mas o significativo é que você pode comprar hoje em dia um Precision com quase as mesmas características que aquele, pois a maioria dos baixos atuais se baseiam em seu desenho.

    Os músicos de jazz e blues, a princípio, acharam a idéia interessante mas mantiveram-se em seu tradicionalismo. Somente muitos anos depois o baixo elétrico seria tão popular no jazz e no blues quanto o acústico. No caso do blues, ele surgiu assim que Muddy Waters introduziu a guitarra neste ritmo, ainda que seu baixista, o mitológico Willie Dixon usasse um acústico. No caso do jazz, o baixo elétrico só veio à tona com Miles Davis.

    Nos anos 60, o papel do baixista segue sendo, basicamente, o mesmo que nos anos 50: um suporte harmônico de fundo. A partir de 1967, o baixo elétrico começa a aparecer, fundamentalmente no rock'n roll. O melhor exemplo talvez seja o disco Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. Aqui já podemos começar a falar de linhas de baixo de temas pop, tal como os conhecemos atualmente. É prova disto o Festival de Woodstock em 1969.

    Os anos 70 apresentam a maturidade do baixo. Os produtores começam a prestar mais atenção no potencial do instrumento e o contrabaixo assume uma importância maior, como no surgimento da disco music. É fundamental também o surgimento do rock progressivo, o jazz fusion, o latin rock, o heavy metal, o punk, o reggae, o funk e a soul music. O baixo acústico se limita apenas aos setores mais tradicionais, como jazz, blues e ritmos tipicamente latinos, assim mesmo já rivalizando com o elétrico. E é claro, a popularização do fretless, o baixo elétrico sem trastes.

    O desenvolvimento da década de 80 apresenta a maturidade de alguns estilos musicais e o desaparecimento de outros. Percebe-se neste período que o baixo já não é imprescindível, e que pode facilmente ser trocado por um sintetizador. A massificação da dance music (pária da disco music) deixa de lado o contrabaixo, ainda que sua linha ainda esteja presente, mesmo que sintetizada. Mas isto não acontecia apenas com o baixo, mas também com a guitarra e a bateria, já que o sintetizador era o instrumento fetiche do início da década.

    Para felicidade nossa, esta tendência de trocar todos os instrumentos por um só foi passageira. E os grupos voltaram, sejam eles de rock ou jazz, tanto o baixo elétrico quanto o acústico estavam novamente no palco. Nem todos estavam concordando com a massificação dos sintetizadores, principalmente produtores mais atentos e a revista Bass Player. O jazz começava a abrir um campo especificamente voltado para o contrabaixo elétrico, e assim o instrumento se desenvolveu com uma rapidez imensa tornando-se hoje um dos mais importantes instrumentos musicais da música moderna.

    sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

    Biografia - Klaus Stoll

    Klaus Stoll     Klaus Stoll nasceu na Alemanha em maio de 1943, começou a estudar contrabaixo com a idade de 12 com seu pai Karl Stoll e mais tarde com Detering Heinz, em Colónia. Na idade de dezesseis anos entrou para o 1965 Niederrhein.En Symphony Orchestra juntou-se a Filarmônica de Berlim desde 1967 que é o primeiro baixo principal em paralelo começou sua carreira solo e música de câmara com renomados conjuntos . tem mais de 60 álbuns, já se apresentou como solista com orquestras muito recococido prestigio.Tiene um interesse especial na música dos barrocos, concertos de música clássica e obras do século XX, estreou mais de sessenta obras para contrabaixo solo. participou com sucesso em festivais como Salzburg, Lucerna, Paris, Londres, Aldeburgh, Helsinki, Echternach, Santander, Berlim e Viena (para citar alguns). De 1980 a 2000 foi Professor Klaus Stoll da faculdade de música na Universidade de Berlim, de 1991 a 1998, o Mozarteum em Salzburg, a partir de 1992, na Academia Filarmônica Berlin.Actualmente dá master classes em diversas cidades Londres, Mnchester, Madrid, Oslo, Arvika, Estocolmo, Haia, Milão, Ferrara, Florença, Montbrison, Chicago, de 1992 a 1997, em Salzburg (International Summer Academy) de 1985 a 2004, em Baden-Baden (Carl Flesch Academy) Desde 2003, Oaxaca, México (Instrumenta Verano), desde 1996, em Sapporo (Pacific Music Festival). Várias vezes ele foi convidado como jurado em competições importantes, como o baixo ARD em Munique, Alemanha, em novembro de 2005 foi nomeado professor honorário do Conservatório de Shangai.Desde 2002 junto com Ofelia Stoll oferece cursos e reuniões contrabajísticos em espanhol , Inglês e Alemão para o arco alemão e francês, neste projeto são baixistas de boas-vindas de todas as idades de quatro a 80 anos), o objectivo destes cursos é que as crianças, estudantes e baixistas profissionais compartilhar idéias musicais e aproveitar a vida com o baixo

    Roman Patkolo – Biografia

                                                          Nascido em 06 de fevereiro de 1982, em Zilina, Eslováquia, Roman é um baixista virtuoso.

      Patkoló começou a tocar contrabaixo, quando tinha 13 anos. Ele logo mostrou seu incrível talento e dois anos mais tarde ganhou o 1 º prémio no Concurso Nacional da Eslováquia.

      Desde então ganhou outros concursos, incluindo o Concurso Internacional de Contrabaixo em 1999, em Iowa, E.U.A. e o Johannes Matthias Sperger Concurso Internacional de Música, uma das competições mais famosa do mundo para contrabaixo. Terminou seus estudos em Munique, em 2005.
    Ele foi bolsita de uma Fundação organizado pela violinista Anne-Sophie Mutter. Roman é atualmente professor no Conservatório de Basel e baixo solo-assitente na  Opernhaus de Zurique.

    terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

    I Encontro de Cordas Friccionadas em Teresina

    No período de 01 à 03 de março de 2012 a Universidade Federal do Piauí- UFPI realiza o I Encontro de Cordas Friccionadas, organizado pelo Departamento de Música e Artes Visuais da UFPI (DMA/UFPI). O evento visa criar oportunidades para estudantes de cordas friccionadas (violinos, violas, violoncelos, contrabaixos) a fim de vivenciarem experiências solistas em concertos com a orquestra e recitais de música.



    O curso pretende explorar conteúdos e informações para formação e atuação docente, instrumentista e camerista, procurando melhorar a educação técnico-musical e vivências em grupos de câmara e orquestra. As inscrições para participar do evento ocorre entre 20 de janeiro à 20 de fevereiro de 2012, no DMA ou na Coordenação do Curso de Música da UFPI. É preciso o preenchimento da ficha de inscrição (presente no regulamento do evento) e tava no valor de R$ 5,00. Confira o regulamento aqui.

    Mais informações:
    Departamento de Música e Artes Visuais / Coordenação do Curso de Licenciatura em Música – UFPI
    Campus Ministro Petrônio Portella – Centro de Ciências da Educação (CCE) – Sala 449, Ininga. Teresina – PI.
    Telefone: (86) 3215-5823
    E-mail: martinscassio@yahoo.com.br
    Fonte: UFPI
    Por Victória Holanda

    Iniciação ao estudo de violoncelo Der Cello-Bär:

    n   Este  trabalho  visa  buscar,  na  obra  de  Keith  Swanwick,  subsídios  para  avaliar  o  método de iniciação ao estudo de violoncelo, Der Cello-Bär, de Heike Wundling.  Em primeiro lugar, foi feito um estudo do Modelo C(L)A(S)P, com a finalidade de  buscar  parâmetros  para  a  análise.  Em  segundo  lugar,  fez-se  um  estudo  da  Teoria Espiral do Desenvolvimento Musical visando identificar o estágio de desenvolvimento musical em que o método analisado se insere.

    Portable Document Format (PDF)

    domingo, 12 de fevereiro de 2012

    Hiroshi Ikematsu


    Ave Maria

    01.Giulio Caccini - Ave Maria
    02.Franz Schubert - Ave Maria
    03.Claude Debussy - Beau Soir
    04.Astor Piazzolla - Tanti Anni Prima
    05.Wolfgang Amadeus Morzart - Ave Verum Corpus K.618
    06.Johann Sebastian Bach - Arioso BWV156
    07.J.S.Bach, Charles Gounnod - Ave Maria
    08.Tomaso Albinoni - Adagio
    09.Johann Sebastian Bach - Jesus Bleibet Meine Freude,BWV147
    10.Pietro Mascagni - Intermezzo, Cavalleria Rusticana
    11.Johann Pachellbel - Canon
    12.Andre Gagnon - Ashita

    quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

    Concertos temáticos e Antonio Meneses são novidades na Osesp em 2012

    SÃO PAULO - A temporada 2012 da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) será marcada por novidades. Além da chegada da americana Marin Alsop, nova regente titular da orquestra para o período de 2012 a 2016, o próximo ano será o primeiro em que os concertos girarão em torno de um tema: "Música em Tempos de Guerra e de Paz". Também será o primeiro ano em que a orquestra terá um músico em residência, o violoncelista Antonio Meneses.

    Dentre as novas iniciativas, aquela que mais orgulha o diretor artístico Arthur Nestrovski é a primeira encomenda internacional com participação da Osesp. Em parceria com a Los Angeles Philarmonic Orchestra e com a City of Birmingham Symphony Orchestra, a orquestra brasileira encomendou ao compositor mexicano Enrico Chapela a obra "Magnetar: Concerto para Violoncelo Elétrico e Orquestra". "É mais uma demonstração do crescimento da Osesp", afirma Nestrovski.

    A peça será executada em São Paulo de 5 a 7 de julho, com regência de Marin Alsop e o violoncelo elétrico sob responsabilidade do solista alemão Johannes Moser. "O violoncelo elétrico está para o violoncelo acústico como a guitarra está para o violão", define Nestrovski, citando os efeitos, pedais e outros recursos que a eletricidade oferecem ao instrumento e, por extensão, ao compositor.

    O ano de 2012 marca, também, o centenário de nascimento do maestro Eleazar de Carvalho, que, na juventude, fundou a Orquestra Sinfônica Brasileira e, mais tarde, dirigiu a Osesp entre 1973 e 1996, ano de sua morte. Para celebrar a data, a Osesp propõe uma assinatura especial, com três programas dedicados a Carvalho. Os concertos terão obras que o maestro estimava particularmente. Nestrovski cita um fato curioso: Marin Alsop foi aluna do compositor americano Leonard Bernstein (1918-1990), que, por sua vez, estudou com o russo Sergei Koussevitsky (1874-1951) , professor, também, do brasileiro Eleazar de Carvalho (1912-1996). Para Nestrovski, a temporada de 2012 fecha o ciclo de uma linhagem musical.

    A estreia da nova regente titular acontecerá em 8 de março, com um concerto que terá obras de Shostakovich e Mozart. Mas a peça de abertura será a "Fantasia sobre o Hino Nacional Brasileiro", da compositora carioca Clarice Assad, encomendada pela própria Osesp. A estreia, da peça e da regente, coincide com o Dia Internacional da Mulher, como salienta o diretor artístico, o que contribui para o sabor de celebração do concerto: "uma mulher regendo a obra de outra mulher no dia da mulher", como resume o diretor.

    A maestrina americana Marin Alsop chega à Osesp depois de dirigir a Orquestra Sinfônica de Baltimore, entre 2007 e 2011. Ao assumir o cargo de diretora musical em Baltimore, ela se tornou a primeira mulher a comandar uma grande orquestra nos Estados Unidos. Ficará no Brasil até 2016 e, ainda em 2012, regerá 11 semanas de concertos na Sala São Paulo, além de turnês da orquestra. A regente comandará, também, a gravação da 4ª Sinfonia de Sergei Prokofiev. "Logo assim que assinou o contrato conosco, ela já começou a ter aulas de português", diz Nestrovski. "As aulas acontecem via Skype, para que ela possa estudar mesmo enquanto está viajando com a orquestra de Baltimore."
    O violoncelista Antonio Meneses, que será o músico em residência na Osesp para 2012, nasceu no Recife em 1957 e vive hoje na Suíça. Pela Osesp, será responsável por dois programas acompanhado da orquestra, dois programas de câmara e um masterclass. Entre os concertos de Meneses figura a estreia de outra encomenda da própria Osesp, o "Concerto para Violoncelo e Orquestra", do compositor paulista Marco Padilha, com regência de Giancarlo Guerrero. (Diego Viana/Valor Econômico)

    CONSCIÊNCIA CORPORAL NA PREVENÇÃO DE LESÕES

    RESUMO:  No  Brasil,  o  número  de  instrumentistas  que  sofrem  com  lesões  por  esforços  repetitivos  (LER)  é significativo.  Foi  o  crescente  interesse  em  se  tentar  minimizar  a  freqüência  com  que  algumas  lesões  se manifestam  em  instrumentistas  que  originou  esta  pesquisa.  Em  uma  linguagem  simples,  são  apresentadas  a estruturas  anatômicas  básicas  envolvidas  na  ação  instrumental,  e  as  lesões  mais  comuns  que  acometem  essa estruturas. Também são apresentadas propostas para prevenir essas lesões, a partir de atividades complementar e exercícios  físicos  que  visam  explicitar  a  inter-relação  e  reunião  das  estruturas  anatômicas  envolvidas  na execução  instrumental.  Essas  atividades  complementares  e  exercícios  fundamentam-se  em  movimento expressivos, oferecendo aos instrumentistas um momento para aprimorar ou adquirir uma consciência corporal.

    Confira todo o conteudo abaixo:

    A CONSCIÊNCIA CORPORAL NA PREVENÇÃO DE LESÕES EM ...
     

    domingo, 5 de fevereiro de 2012

    Truls Mork - interpreta Bach in Cello Concertos

    Truls Mork - C.P.E. Bach: Cello Concertos (2011)

    Artist: Truls Mork
    Title Of Album: C.P.E. Bach: Cello ConcertosYear Of Release: 2011
    Label: Virgin Classics
    Genre: Classical
    Quality: FLAC (Tracks,cue,audiochecker) | MP3
    Bitrate: lossless & 320kbps
    Total Time: 68:20 min
    Total Size: 359 mb/158 mb

    TRACKLIST01 Cello Concerto Wq.172 in A Major I Allegro02 Cello Concerto Wq.172 in A Major II Largo con sordini mesto
    03 Cello Concerto Wq.172 in A major III allegro assai
    04 Cello Concerto Wq.171 in B flat Major I Allegretto05 Cello Concerto Wq.171 in B flat Major II adagio
    06 Cello Concerto Wq.171 in B flat Major Allegro assai
    07 Cello Concerto Wq.170 in A Minor I Allegro assai
    08 Cello Concerto Wq.170 in A Minor II Andante
    09 Cello Concerto Wq.170 in A Mino III Allegro assai
    Download:


       C.P.E. Bach, sem dúvida, se alegrar, se estivesse vivo, ao ouvir este álbum de seus concertos para violoncelo de Truls Mørk e Les Violons du Roy sob a direção de Bernard Labadie. A partir das notas de abertura, não se pode ajudar, mas sinto a orquestra é fantástico. O Concerto para Violoncelo A principal começa com vigor e vivacidade, com o ensemble tocado perfeitamente juntos em andamento com grande espírito. Mørk toca tão bem, com um toque limpo, preciso e um pouco de luz. O Largo também é tocado muito bem e sensível, embora o violoncelista opta por não usar vibrato muito, e, ocasionalmente, parece que ele está ficando sem contato com a corda no final do arco. No entanto, nunca Mørk desliza para cima, mesmo em movimentos rápidos, como o terceiro, onde a orquestra toca com grandes contrastes entre forte e piano debaixo da linha de violoncelo. A B bemol maior concerto não é menos agradável: o Allegretto é graciosa, o Adagio é belamente sombrio, eo açaí Allegro distingue-se muito claramente da Allegretto. A maior surpresa do álbum é talvez o concerto passado, o que é em geral mais enérgico e ardente. Percebe-se isso a partir do movimento de abertura, que é mais agressiva no som. Mork ritmos são perfeitos como ele joga mais na seqüência do que nos concertos anteriores, o que torna muito emocionante ouvir. O diálogo entre a orquestra e violoncelo é maravilhosamente cativante. Mais uma vez, nunca Mørk perde uma batida em corridas longas, jogando com agilidade tanto quanto um violinista. Esta peça de concluir sobre o álbum é como um concerto de Corelli grosso, e isso faz uma boa escolha de repertório para este CD. Todos os elementos parecem trabalhar juntos aqui, com um resultado muito agradável.
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