quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

FABIO PRESGRAVE

O violoncelista carioca Fabio Presgrave recebeu seus títulos de Bacharel e Mestre em Performance pela renomada Juilliard School of Music em Nova Iorque, onde estudou com Harvey Shapiro e Joel Krosnick. Ainda nos Estados Unidos recebeu os prêmios Eleanor Slatkin e Felix Salmond.
Apresentou‑se como solista junto a orquestras como Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Petrobrás Pró‑Música, Orquestra Sinfônica da Bahia, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Orquestra Sinfônica Municipal de Santos, Orquestra Sinfônica Nacional, Orquestra de Câmara da ULBRA, Camerata Fukuda, Companhia Bachiana Brasileira, Orquestra de Câmara do Teatro São Pedro dentre outras.
Seu violoncelo pode ser ouvido como solista no filme “Sal de Prata” do diretor Carlos Gerbase, onde gravou sua versão do Noturno de Tchaikovsky para cello e cordas, e no último trabalho do grupo Sepultura, chamado “DANTE XXI”. Gravou, a pedido de Alceo Bocchino, a sua “Suite Brasileira” em um documentário sobre a vida desse compositor, produzido por Aluísio Didier. Em DVD produzido pela Companhia Bachiana Brasileira gravou os “Choros-Bis” de Villa-Lobos com o violinista Daniel Guedes. Também com o violinista Daniel Guedes e o pianista Rami Khalife, gravou o CD “Ya Mariamu” com as Quatro Estações de Piazolla, e música libanesa. Gravou ainda obras de Camargo Guarnieri e José Siqueira para Violoncelo e Orquestra com a Camerata Fukuda, sob a regência de Celso Antunes para o selo Paulus. Recentemente lançou um CD com obras de Villa-Lobos e Mignone para violoncelo de piano pela UFRN,
Seu interesse pela música contemporânea o levou a realizar primeiras audições latino-americanas de peças de Berio, Schnittke e Saariaho. Realizou também primeiras gravações de peças para violoncelo solo de Silvio Ferraz e Rodrigo Cichelli para os selos SESC-SP e Academia Brasileira de Música.
Como professor de violoncelo lecionou na Universidade Nacional de Brasília (UNB), Universidade Estadual Paulista (UNESP) e no Instituto Baccarelli. Recebeu o prêmio de destaque da temporada 2003 pelo “Jornal do Brasil”. Ministrou “Masterclasses” e atuou como professor convidado em grandes centros de ensino musical, como Juilliard Pre-College, USP, Seminários Internacionais de Música da UFBA, Curso Internacional de Verão de Brasília,Festival Música nas Montanhas em Poços de Caldas  Semana da Música de Ouro Branco e Festival Internacional de Campos do Jordão.
Foi membro do Quarteto Camargo Guarnieri, com o qual recebeu o “Prêmio Carlos Gomes” de melhor grupo de câmara no ano de 2006. Foi coordenador artístico da “Semana da Música 2011” da UFRN, evento que trouxe a Natal dezenas de artistas internacionais.
Atuou como regente de orquestras como Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), Orquestra de Câmara da UFRN e Orquestra de São Braz (MG) trabalhando com solistas como Mark Kosower, Daniel Guedes e Emerson de Biaggi.
Atualmente é professor efetivo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),  membro do Conselho Diretor da Escola de Música de São Braz do Suaçui (MG) e consultor do Projeto Guri Santa Marcelina. Fabio Presgrave é Doutor em Música pela UNICAMP.

Bach, Casals e o Violoncelo

                                                             casals-150x150The Cello Suites: J.S. Bach, Pablo Casals, and the Search for a Baroque Masterpiece é o primeiro livro do jornalista especializado em música, Eric Siblin. O livro conta a história de Pablo Casals, um prodígio musical espanhol, que aos 13 anos, em 1890, estava folhando partituras usadas em uma loja e encontrou as suites para violoncelo solo de Johann Sebastian Bach. Essas obras, compostas nos anos 1720, estavam esquecidas. Casals passou doze anos as treinando diariamente até se aventurar a tocá-las em público. Sua interpretação trouxe reconhecimento para o violoncelo como instrumento e se tornou marca registrada do músico.

    O livro descreve a vida tanto de Bach quanto de Casals. O compositor é mostrado no livro não só como um brilhante compositor, mas também como jovem irascível, um carreirista e um pai dedicado, que viu dez de seus 20 filhos morrerem ainda na infância. Siblin consegue também transmitir as sensações causadas pela música de Bach, algo desafiador.

    A vida de Casals é tão interessante quanto a de Bach. O violoncelista tinha opiniões políticas fortes, e foi contra o regime de Franco, o que lhe valeu exílio na França. Casals se recusava a tocar em qualquer país que reconhecesse o governo do ditador espanhol.
Eric Siblin dedicou muito tempo à procura do manuscrito original de Bach, mas não conseguiu encontrá-lo.   

    Não há certeza de que as suites foram originalmente compostas para o violoncelo. A sexta, curiosamente, pede um instrumento com cinco cordas, quando o cello tem apenas quatro. Uma coisa é certa: após ouvir as suites, você passará a ter uma nova visão do instrumento.

Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/cultura/musica/bach-casals-e-o-violoncelo/?ga=nsb

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Saraband


Saraband - a aclamada seqüência do vencedor do Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro Cenas de um Casamento - é a última declaração de Ingmar Bergman em filme, "um poderoso e ferino rugido final de um grande velho homem do cinema" (Richard Corliss, Time). Trinta anos após o divórcio, Marianne (Liv Ullman, em uma reprise do seu papel premiado pela National Society of Film Critics) impulsivamente decide visitar Johan (Erland Josephson) no seu isolado retiro no interior. Além da sua chegada, ela testemunha o relacionamento atormentado entre seu amargo ex-marido, seu odioso filho Henrik (Börje Ahlstedt) e uma neta de 19 anos, Karin (Julia Dufvenius). Incapaz de lidar com a recente morte de sua esposa, Henrik expressa seu sofrimento através de uma nada saudável obsessão com sua filha adolescente. Ignorando os protestos de seu filho, Johan oferece mandar a garota para um prestigiado conservatório de música, forçando Karin a escolher entre seu futuro promissor como uma violoncelista ou ficar com seu atormentado pai.

Saraband - trailer


Quatuor de Contrebasses de Bruxelles

01.Giovanni Bottesini - Capriccio di Bravura
02.Bernhard Alt - Suite Romantique
03.Serge Prokofiev - Humoresque Scherzo for 4 bassoons, Op. 12
04.Jacques Vanherenthals - Varium et mutabile
05.Jacques Vanherenthals - Entre Ether et Terre
06.Scott Joplin - Bethena, a concert waltz for piano
07.Scott Joplin - The Entertainer
08.Scott Joplin - Magnetic Rag
09.Anonymous - Deux Negro Spirituals
10.Scott Joplin - The Ragtime Dance


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ubaldo Fioravanti - "Dragonetti: Works for Double Bass"



Ubaldo Fioravanti estudou nos conservatórios de Rovigo e Firenze, diplomando-se em 1978. Em seguida continuou a aprimorar-se ao contrabaixo com Franco Petracchi e Wolfgang Guttler e em música de câmara com R. Brengola e F. Rossi. Em 1976 entra no complexo instrumental "I Solisti Veneti" e em 1983 se torna 1º contrabaixo na Orchestra di Padova e del Veneto. Desde a sua estréia como solista em 1978, desenvolve uma brilhante carreira tanto solistica quanto de música de câmara, colaborando com vários grupos de renome internacional e gravando cds para os selos Dynamic, Claves e Amadeus.
No presente cd, podemos conferir algumas obras interessantíssimas deste contrabaixista-compositor que foi Dragonetti. É uma belíssima oportunidade de conhecer mais profundamente esse que foi o 1º solista internacional do nosso intrumento e que é paradoxalmente lembrado sempre por um concerto que não é de sua autoria*. Ubaldo Fioravanti executa essas raras obras com maestria e refinamento, fazendo desse disco algo bastante prazeroso e agradável de se ouvir. Espero que gostem!

Repertório:
Concerto em Sol Maior
Duo para Violoncello e Contrabaixo
Quarteto de cordas nº 4 em Mi Menor
3 valsas para contrabaixo solo
Quinteto de cordas em Sol Maior

Download

violoncelo - estudo - klengel - technical cello studies - vol1

                                                     Julius Klengel (24 de setembro de 1859 - 27 de Outubro de 1933) foi um violoncelista alemão que é mais famoso por seu etudes e peças solo de escrita para o instrumento. Ele era o irmão de Paul Klengel. Um membro da Orquestra Gewandhaus aos quinze anos, ele viajou por toda a Europa como violoncelista e solista do Quarteto Gewandhaus. Seus alunos incluem Emanuel Feuermann, Gregor Piatigorsky e Alexandre Barjansky. de sua música, apenas os dois volumes de etudes ("Estudos Técnicos") para violoncelo permanecem no repertório.



Gabriele Ragghianti

Dragonetti I° mov. concerto in la. I Solisti Veneti, Gabriele Ragghianti 


Download aqui:  Claudio Bartolamai



Biografia do Mestre: Domenico Dragonetti

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Lynn Harrell [biografia]

O violoncelista Lynn Harrell nasceu em Nova York, em 1944. Ambos seus pais eram músicos. Ele estudou violoncelo com Leonard Rose na Juilliard School of Music e com Orlando Cole no Curtis Institute of Music, e frequentou a master classes de Gregor Piatigorsky em Dallas, Texas, e Pablo Casals em Marlboro, Vermont.

Harrell fez sua estréia atuando em um 1961 Concert New York Philharmonic Pessoas Young. Na idade de dezoito anos, tornou-se membro da Orquestra de Cleveland, mais tarde alcançar a posição do violoncelista principal. Em 1975, Harrell e pianista Murray Perahia foram destinatários conjunta do primeiro Avery Fisher Prize.

Harrell começou sua carreira docente em 1971, na Universidade de Cincinnati College-Conservatory of Music. Ele foi nomeado para o corpo docente da Juilliard School of Music, em 1976, e em 1986 ele foi nomeado o presidente Gregor Piatigorsky na University of Southern California. Ao mesmo tempo, ocupou a Cátedra Internacional de Estudos violoncelo na Royal Academy of Music em Londres, onde ele também atuou como diretor de 1993-1995. Por décadas ele tem ensinado, executado e conduzido master classes no Festival de Música de Aspen, no Colorado e no Festival de Verbier, na Suíça.

Além de fazer turnês extensas como recitalista, Harrell é um convidado freqüente - realizar sob a direcção de maestros como James Levine, Zubin Mehta, Kurt Mazur, e outros - das orquestras mais importantes do mundo. Nos últimos anos ele tem desfrutado de uma parceria com a violinista Anne-Sophie Mutter e seu marido, o pianista André Previn.

Harrell extensa discografia de mais de trinta gravações inclui dois vencedores do Grammy Angel / EMI gravações, o que ele fez com o violinista Itzhak Perlman eo pianista Vladimir Ashkenazy. A primeira gravação, de 1981, apresenta Trio de Tchaikovsky em A op, Minor. 50, o segundo, de 1986, compreende os trios de piano completa de Beethoven.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Tchaikovsky: Rococo Variations [Yo Yo Ma, violoncello]

   As Variações em um tema rococó para violoncelo e orquestra  em Lá maior, op. 33, foram escritas pelo compositor Piotr I. Tchaikovsky entre dezembro de 1876 e janeiro de 1877.
   A estréia aconteceu em Moscou, Rússia, dia 30 de dezembro de 1877, sob a regência de Nikolai Rubinstein e com Wilhelm Fitzenhagen no violoncelo. Tchaikovsky dedicou as variações rococó a Fitzenhagen.
   Tchaikovsky também escreveu um arranjo para violoncelo e piano em dezembro de 1876. Em 1878, Fitzenhagen publicou a primeira edição da obra com diversas alterações.



Tema e variações
  1. Moderato assai quasi Andante – Thema: Moderato semplice
  2. Var. I — Tempo della Thema
  3. Var. II — Tempo della Thema
  4. Var. III — Andante sostenuto
  5. Var. IV — Andante grazioso
  6. Var. V — Allegro moderato
  7. Var. VI — Andante
  8. Var. VII e Coda — Allegro vivo

fitzenhagen - technical studies

   Fitzenhagen nasceu em Seesen no ducado de Brunswick, onde seu pai trabalhou como diretor musical. Início seus estudos aos cinco anos, recebeu lições de piano, violoncelo e violino. Muitas vezes, ele tinha para substituir os musicos ausentes devido a veto emergências diversas. Aos 14 anos, Fitzenhagen começou seu estudo avançado do violoncelo com Theodore Müller. Três anos mais tarde Fitzenhagen Tocando para o duque de Brunswick, que lançou-o de todo o serviço militar. Em 1867, alguns patronos nobres lhe permitiu estudar por um ano com Friedrich Grützmacher em Dresden, Um ano mais tarde, ele foi nomeado para o Hofkapelle Dresden, onde começou sua carreira como solista.

    Fitzenhagen no Festival Beethoven 1870 em Weimar atraiu a atenção de Franz Liszt, que anteriormente serviu como diretor musical lá. Liszt tentou falar com Fitzenhagen para se  juntar a orquestra da corte. Fitzenhagen, no entanto, já havia aceitado um cargo de professor no Conservatório de Moscou. Fitzenhagen tornou-se considerado como o instrutor de cello estréia na Rússia e igualmente conhecida como intérprete de música de câmara e solista. Ele foi nomeado violoncelista solo para o Sociedade Musical russa e diretor do Música de Moscou e União de Orquestra. Foi através dessa união que ele fez aparições em muitos concertos  como solista. Ele formou uma amizade com Tchaikovsky, dando as primeiras performances de todos os três quartetos que o compositor de cordas, bem como o Trio para piano como um membro da Música Russa quarteto da sociedade.

Fitzenhagen foi mentor de um número de violoncelistas excelentes, incluindo Joseph Adamowski, que foi para a América em 1889 para se juntar ao recém-formada Orquestra Sinfônica de Boston e ajudou a fundar o programa da orquestra de pensão. Adamowski também formou um quarteto de cordas com o seu nome e lecionou na New England Conservatory, em Boston.

Fitzenhagen morreu em Moscou.


Os estudo de fitzenhagen - technical studies - op.28

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O Homem e o Violoncelo

Um corpo pousado no colo do homem, violoncelo, espigão ligado à terra, voluta-céu, o homem precisa de um arco-alma para o tocar, para lhe ouvir a voz, a alma do violoncelo é de abeto, perfeita, perfeitamente posicionada, aguarda o movimento do corpo macio, vibração transmitida ao fundo da luz, as cordas enroladas em prata anseiam as crinas de cavalo do arco de pau-brasil adormecido, não pode tocar-lhe com os dedos, o homem, com os dedos pode apenas tocar-lhe no pescoço, a mão acaricia a voluta e cai, o corpo precisa do arco, o arco precisa da alma do homem para existir, o homem não consegue despertar o arco, que lhe pende da mão, inerte. Só, tão só, o homem agarra o violoncelo e chora, nú.

Pintura de Wayne Roberts, Austrália
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